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Um museu dentro de casa

Solidão dentro de casa, sensação de isolamento, silêncio. Esses parecem ser alguns dos sentimentos de cerca de um terço da população mundial em quarentena desde o agravamento da pandemia de coronavírus. Nesse cenário, não demorou a circular nas redes sociais algumas imagens de quadros do pintor americano Edward Hopper (1882-1967). O artista ficou famoso por representar cenas americanas de afastamento e melancolia. Em alguns momentos, figuras humanas isoladas em quartos, escritórios, restaurantes: somente o indivíduo com seus pensamentos. Em outros, quadros que mais parecem fotografias dos tempos de quarentena: ruas desertas, horizonte de casas sem humanos à vista.

Hopper mostrou que a vida moderna podia ser extremamente desagregante e solitária, décadas antes do coronavírus. Diante da crise de falta de contato, diálogo e empatia, arte é preciso. Por sorte, museus ao redor do mundo, obrigados a fechar as portas por tempo indeterminado, têm oferecido experiências virtuais nestes dias difíceis. É possível apreciar obras de Hopper em alguns deles, como no Metropolitan Museum de Nova York. Tempos difíceis, que mereceriam ser retratados pelo pintor: o museu, um dos mais importantes do mundo, prevê prejuízo de 100 milhões de dólares com a ausência de público. Acompanhe alguns tours sem sair de casa.

Art Institute of Chicago

Na coleção virtual, é possível olhar com minúcia trabalhos como American Gothic (1930), de Grant Wood, A Sunday on La Grande ­Jatte (1886), de Georges Seurat, e a pintura mais famosa de Hopper, ­Nighthawks (1942). Para cada obra há áudio explicativo e material didático complementar. Também há uma seção interativa com objetos que podem ser vistos em 360 graus, com textos, fotos e vídeos. Há, por exemplo, um cocar da Guiné usado por tribos em cerimônias de dança. O museu também disponibilizou a mostra sobre El Greco, em cartaz antes da quarentena.

The Metropolitan Museum of Art

O museu oferece em seu site tour virtual com visão 360 graus das principais salas e corredores do prédio histórico da Quinta Avenida, além de fotos e descrições de sua coleção. O MET também disponibiliza mais de 406.000 imagens em alta resolução de trabalhos de sua coleção que estão em domínio público e podem ser baixadas, compartilhadas e usadas sem restrições. No MET virtual é possível ver Office in a Small City (1953), um dos mais célebres trabalhos de Hopper.

Museu de Arte de São Paulo (Masp)

Via Google Arts & Culture, o museu oferece de visitas virtuais a exposições como Arte da Itália: de Rafael a Ticiano e Arte do Brasil até 1900. Também é possível ver 1.011 itens do museu, como O Lavrador de Café (1934), de Candido Portinari, Moema (1866), de Victor Meirelles, e Rosa e Azul ­— As Meninas Cahen d’Anvers (1881), de Renoir. Em seu site, o Masp disponibiliza um aplicativo com comentários das obras feitos por especialistas.

Mercedes-Benz Museum

O museu em Stuttgart, na Alemanha, criou um tour virtual com fotos em 360 graus e informações de suas cinco coleções. Também há material no YouTube com o apresentador Shmee150 mostrando cinco vídeos de realidade aumentada de 180 graus sobre a história da montadora. No Instagram, guias do museu compartilham fotos e vídeos sobre as exposições, da permanente, que apresenta 160 veículos, às temporárias, como a recente 40 Anos de Mercedes-Benz G-Class.



SÉRIES

Cestas épicas

A série Arremesso Final traz a incrível temporada final de Michael Jordan pelo Chicago Bulls | Marcelo Orozco

A temporada 1997-1998 do seriado nem foi a última de Jordan. Ele se aposentou na época, mas voltou a jogar em 2001 pelo Washington Wizards durante duas temporadas — lembra Pelé por dois anos no New York Cosmos, após a carreira no Brasil. Só que, simbolicamente, é sua despedida de fato. Há a sensação de que a cesta a 5 segundos do final que garantiu a vitória por 1 ponto e o sexto título da NBA para os Bulls foi o derradeiro momento dele numa quadra.

A série contextualiza o domínio dos Bulls nos anos 1990 e as incertezas pela iminente despedida de sua joia. Compreensível: os únicos títulos do Chicago foram com Jordan — seis entre 1991 e 1998. 

Por Exame

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