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Museus criam atividades interativas durante quarentena

RIO. Em vez de caminhar, clicar. É assim que o público percorre museus desde o início da pandemia de Covid-19. Em diferentes plataformas na internet, qualquer um tem a chance de circular por corredores de espaços como o Museu Van Gogh, em Amsterdã, o Museu de Arte de São Paulo, o Masp, e o Museu do Amanhã, no Rio. Mas o fato não é mais novidade. Curadores de instituições de arte apontam que é preciso ir além da reprodução virtual desses lugares e estabelecer novas dinâmicas de criação no ambiente da web. Visitando museus pelo mundo sem sair de casa 1 de 10

"Abaporu", de Tarsila do Amaral, no MALBA Foto: Reprodução
“Abaporu”, de Tarsila do Amaral, no MALBA Foto: Reprodução
"Retirantes", de Cândido Portinari, no MASP Foto: Reprodução
“Retirantes”, de Cândido Portinari, no MASP Foto: Reprodução

Dedicado à arte contemporânea, o Centro Georges Pompidou, em Paris, lançou recentemente um jogo digital baseado na vasta coleção do museu. Os idealizadores do projeto, batizado de Prime 7, ressaltam que a proposta do game é apresentar, de maneira lúdica, algumas noções de arte, mas mostrando ao público que o próprio jogo também é uma obra. Prime 7

“Em todo videogame há evidentemente uma arte. E esse é um jogo para as pessoas descobrirem a arte moderna, assunto pouco tratado nesse universo”, afirmou Olivier Mauco, desenvolvedor da iniciativa e presidente do estúdio Game in Society, em depoimento para a Aliança Francesa, que tem produzido conteúdos sobre o assunto em suas redes sociais.

Teatro pós-covid:  atores com máscara e prevalência de solos

No Brasil, há  outros exemplos em prática. Semanalmente, o Masp convoca seguidores de sua página no Instagram (@masp) a produzirem pinturas ou desenhos inspirados em obras de sua coleção, todas previamente analisadas em textos e debates transmitidos ao vivo. Selecionadas por um time de curadores, as criações são expostas permanentemente no perfil virtual do museu.

Nesta semana, o quadro “Composição (Figura só)” (1930), de Tarsila do Amaral, é o ponto de partida para a brincadeira — os participantes devem publicar os desenhos até a noite de sábado, com a seguinte hashtag: #maspdesenhosemcasa.PUBLICIDADE

— As experiências virtuais que permitem ao espectador navegar pelo espaço de uma sala do Masp são muito interessantes. Mas isso não basta neste momento — destaca Tomás Toledo, curador-chefe da instituição. — Museus não devem ser apenas locais onde um sujeito vai para entrar em contato com uma obra. Tem que haver produção de conhecimento, troca e mediações entre o público e o artista. Por isso, incorporamos o nosso programa de atividades presenciais ao universo on-line.

Pintura 'Composição (Figura só)' (1930), de Tarsila do Amaral Foto: Jaime Acioli / Divulgação
Pintura ‘Composição (Figura só)’ (1930), de Tarsila do Amaral Foto: Jaime Acioli / Divulgação

Nesta quarta-feira (27/5), às 16h, parte da equipe do museu detalhará, em live, a trajetória de Tarsila do Amaral, que tem a maior parte de suas obras acolhidas pelo Masp. Na quinta-feira (28/5), no mesmo horário, a sobrinha-neta da artista, Tarsilinha, conversará com o diretor artístico Adriano Pedrosa sobre o sucesso da exposição individual dedicada à modernista em 2019.

A onda de lives educativas chegou a  outros centros culturais, e de maneira criativa. Antes da quarentena, o Museu do Amanhã promovia um clube de leitura (presencial) aos terceiros sábados de cada mês, sempre às 10h. A atividade grátis acontece agora numa sala virtual, aberta para quem se inscrever previamente. O próximo encontro será em 20 de junho, e terá como tema o livro “Longa pétala de mar”, da chilena Isabel Allende.PUBLICIDADE

Nas página do MAM de São Paulo (@mamoficial), as crianças são brindadas com atrações inéditas até quinta-feira (28/5), para celebrar o Dia Mundial do Brincar. Nesta quarta-feira (27/5), às 14h, a educadora Barbara Jimenez conduz, ao vivo, uma conversa e uma oficina sobre as formas de retratar as nuvens (no Zoom, com inscrições grátis). É a chance de fazer arte com a internet.

Por O Globo

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