Se você tem uma adega em casa e costuma guardar vinhos por algum tempo antes de beber, provavelmente já deve ter se deparado com alguns sedimentos no vinho. É comum garrafas com certa idade apresentarem um acúmulo de pequenas partículas no fundo ou na lateral do vidro.
Esses sedimentos nada mais são que
pigmentos de cor, taninos e outros elementos que resultam da fermentação
das uvas tintas, que, com o tempo, precipitam-se e acabam se acumulando
no líquido.E, apesar de nem sempre terem um sabor agradável (às vezes
podem ter um tom amargo), eles não apresentam qualquer risco à saúde de
quem ingere a bebida, ou seja, não significa que está estragada.
Esse
acúmulo é perfeitamente normal e pode ocorrer em alguns dos mais
célebres vinhos do mundo. Mas, caso você queira evitar ingerir esses
sedimentos, uma opção é decantar. Antes de consumir, deixe a garrafa em
pé durante algum tempo para que os sedimentos se depositem no fundo,
pegue um decanter e, contra a luz, despeje o líquido lentamente evitando
que as partículas caiam dentro do decanter.Há também quem opte por usar
um filtro.
É provável que você encontre mais desses sedimentos
em vinhos mais antigos, não só devido ao tempo que eles passam em adega,
mas também pelo processo de filtração ter se desenvolvido nos últimos
anos, fazendo com que os vinhos formem menos sedimentos atualmente.
Ainda assim, hoje não é incomum encontrarmos diversos rótulos ditos “não
filtrados” (unfiltered, em inglês). Nesses vinhos, os sedimentos têm
papel fundamental, fazendo parte da formação de aromas e sabores.
BRANCOS COM SEDIMENTOS?
Às vezes, pode-se encontrar resíduos em vinhos brancos e espumantes também. No entanto, esses “sedimentos”, na verdade, costumam ser cristais de tartarato, que podem se formar com o tempo. Eles são resultado da cristalização do ácido tartárico, comum nos vinhos, devido às baixas temperaturas. Mas, assim como os sedimentos do vinho tinto, eles também são inofensivos.