Os pratos vão desde vieiras até um entrecôte com o tradicional molho bordalês à base de vinho tinto e cogumelos
Vinhos bordaleses possuem diversas opções de harmonização
Bordeaux.
A simples menção desse nome inspira reverência.
O respeito é tal e a ideia de que todo Bordeaux é um La Tour ou um Mouton que nos dá medo e induzem a pensar que os vinhos bordaleses têm vida própria, uma áurea angelical e intocável, há até o pensamento que não devem ser harmonizados com nenhuma refeição.
Tomados puro para nada atrapalhar o vinho.
Mas não é bem assim, mesmo os grandes podem ser bem acompanhados, ou como preferem alguns, escoltados.
Vinhedos da icônica região de Bordeaux
Para começar é importante lembrar da ampla variedade que a região oferece.
Por vezes relegados ao segundo plano, os brancos bordaleses conseguem alcançar excelente qualidade e muitos dos grandes Châteaux da região também produzem esse estilo, principalmente baseados em duas uvas, Semillón e Sauvignon Blanc.
Os tintos, por mais que haja um norte comum, também possuem uma ampla variedade. Basta lembrar das diferenças entre as famosas duas margens bordalesas e a variedade de uvas utilizadas na região, desde o famoso corte bordalês até as novas castas aprovadas.
Assim, os pratos que podemos harmonizar com um Bordeaux vão desde vieiras, em uma receita extremamente leve, até um entrecôte com o tradicional molho bordalês à base de vinho tinto e cogumelos.
Brancos com a casta Semillón
Vieiras é uma ótima harmonização com brancos bordaleses à base de Semillón
Ok, quando se trata de Bordeaux é difícil encontrarmos vinhos varietais – ou seja, feito apenas com uma casta – mas podemos pensar em vinhos feitos majoritariamente com Semillón.
A casta branca mais plantada de Bordeaux traz normalmente um toque doce ao vinho com aromas que podem lembrar até mel! E esse dulçor é equilibrado pela outra uva que completa os brancos bordaleses, a Sauvignon Blanc.
Ela trará a mineralidade, acidez e um frescor que pede pratos leves.
A dica é ficar em frutos do mar como as delicadas vieiras ou um filé de peixe. Uma harmonização que trará leveza e muito sabor.
Brancos com a casta Sauvignon Blanc
Quando no branco predomina Sauvignon Blanc, podemos ousar mais
Se invertermos a predominância das uvas e escolhermos um majoritariamente feito de Sauvignon Blanc a dica fica próxima, mas podemos ousar um pouco mais.
O vinho continuará leve e com boa fluidez, porém a acidez e as frutas cítricas estarão mais presente o que permite trazer elementos interessantes como a fritura.
A dica aqui é continuar na água, busque peixes ou frutos do mar, mas adicione toques com um pouco mais de peso. Legumes assados e batatas fritas caíram muito bem.
Quer tentar algo diferente, experimento o belga Moules-Frites (mexilhões acompanhados de batata frita) ou o inglês Fish and Fries – a batata frita de novo, porém agora acompanhada de peixes fritos. Os dois farão muito bem com o vinho.
Tintos de Merlot
Carne vermelha com molho bordalês e cogumelos, harmonização perfeita
Os tintos possuem uma diversidade grande.
Mas vamos pensar nos dois mais comuns e para começar um vinho com a predominância da Merlot.
Esses vinhos costumam ser muito frutados – destacando as frutas negras como ameixa e cassis – com toques herbáceos e florais. Seus taninos são finos e o vinho enche a boca com sua suculência e potência. Hmmmmm
Para harmonizar com esse estilo o mais indicado é uma carne vermelha preferencialmente acompanhada do famoso molho bordalês acompanhado de cogumelos. Este prato terá todos os elementos para harmonizar com o vinho e subir o nível do jantar.
Não come carne? Sem problemas, abuse de pratos com cogumelos, eles trazem o peso para rebater o tanino, e legumes suculentos grelhados ou mesmo na churrasqueira. Molhos mais pesados também cairão bem.
Tintos de Cabernet Sauvignon
Vinho bordalês e cordeiro, dica clássica
Saltando de uma margem para a outra, os vinhos baseados em Cabernet Sauvignon possuem como principais características as frutas vermelhas maduras – lembrando muitas vezes uma geleia de cereja – e aromas de ervas típico da Cabernet Sauvignon.
Como na boca esses vinhos costumas ser mais austeros o ideal é trazer uma carne um pouco mais leve.
A dica é tão clássica que mal requer justificativa, paleta de cordeiro, especialmente acompanhada de molhos que trazem presença como o gasconnade – que em francês arcaico quer dizer algo como “ostentação” – e é baseado em anchovas.
Um vinho potente com um prato potente de dar água na boca.
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Por Revista Adega