Federico Fellini, visionário diretor emergente da fértil cinematografia italiana no pós-guerra, completaria 100 anos nesta segunda-feira (20). Em seu trabalho, ele foi responsável por inventar uma nova abordagem autobiográfica, ao fazer das realidades de sua própria vida um tipo de surrealismo.
Para celebrar tamanha capacidade de fabulação que influenciou gerações, o canal Telecine Cult leva nesta segunda ao ar uma maratona com seus maiores clássicos, a partir das 16h45.
Começa com “Noites de Cabíria” (1955), sobre uma jovem romântica que se prostitui para sobreviver; na sequência, às 18h55, é a vez de “A Doce Vida” (1960), que mostra a vida do jornalista Marcello entre as celebridades, ricos e fotógrafos que povoam a badalada Via Veneto; e por fim, às 22h, o canal exibe “8½”(1963), com a história do cineasta Guido Anselmi, que, prestes a começar a rodar sua próxima obra, ainda não sabe o que fazer. Em crise existencial e pressionado pelo produtor, pela mulher, pela amante e pelos amigos, ele se interna em uma estação de águas e passa a misturar o passado com o presente, ficção com realidade.
Fellini inventava coisas porque, nas palavras do biógrafo Ruy Castro, autor de “Um Filme é Para Sempre” (Companhia das Letras), “não se conformava com o que não existisse”.
Por Metro Jornal