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Para se divertir e aprender de casa

A primeira live brasileira de que se tem notícia foi a de Gilberto Gil, em 1996, na qual lançou a música Pela Internet, em alusão a Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, gravada em 1916. O que na época foi extremamente difícil, hoje em dia pode ser feito por qualquer um. A internet e as redes sociais quebraram não só a barreira da comunicação como também a do entretenimento. Pensando nessas facilidades e na necessidade de ficar em casa agora, algumas instituições e empresas têm promovido um variado catálogo de atividades on-line.

Seguindo na área musical, o Sesc São Paulo está promovendo uma série de transmissões ao vivo ao longo de toda a semana. Artistas como Chico César e Roberta Sá já se apresentaram. João Bosco e Zélia Duncan são os próximos, programados para este sábado e domingo. É possível acompanhar as lives pelas redes sociais do Sesc: @sescaovivo no Instagram e sescsp no YouTube e Facebook.

A cantora e compositora Zélia Duncan – Foto: Teca Lamboglia-Wikimedia Commons /CC BY 2.0

As orquestras também entraram no movimento para que as pessoas fiquem em casa e disponibilizaram alguns de seus concertos on-line. É o caso da Jazz Sinfônica, que relembra o Festival de Inverno com a participação de grandes artistas como Carlinhos Brown, Fafá de Belém e Lenine. A Orquestra Sinfônica do Estado de são Paulo (Osesp), além dos concertos, está promovendo atividades como uma visita virtual à Sala São Paulo, bastidores com artistas e convidados da casa e uma série de vídeos em que os músicos falam sobre a história dos instrumentos que tocam.

Para o público infantil o Projeto Guri tem divulgado algumas de suas apresentações, além de livros didáticos para download e a série De Criança para Criança, com animações feitas a partir de desenhos infantis. De forma geral, o número de playlists também aumentou. A TV Cultura, por exemplo, fez uma com algumas músicas de seus programas infantis e a Fábrica de Cultura, portal do governo do Estado de São Paulo, tem várias com temas que vão desde Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha a Duetos das Periferias.

O cantor e compositor João Bosco – Foto: TV Brasil – Wikimedia Commons / CC BY 3.0 br

A Fábrica de Cultura não se destaca apenas na área da música. O Projeto Espetáculo é uma de suas atividades voltadas para o teatro, e as performances gravadas estão disponíveis no canal do YouTube da instituição. O Theatro São Pedro também está liberando trechos de suas óperas, além da íntegra do  balé Pulcinella, de Igor Stravinsky, e da ópera Arlecchino, de Ferruccio Busoni. A SP Escola de Teatro, por outro lado, está oferecendo atividades pensando na formação dos atores. É o caso das palestras com Adélia Prado e Denise Fraga, assim como uma aula com Zeca Baleiro e um seminário com Fernanda Montenegro.

Os museus também oferecem um catálogo diverso, com visitas virtuais, exposições on-line e conversas com artistas e curadores, além de atividades que reforçam a particularidade de cada um. O Museu do Futebol, por exemplo, relembra palestras e artigos de seu acervo on-line.

A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) – Foto: Governo do Estado de São Paulo – Wikimedia Commons

A Pinacoteca do Estado, por sua vez, disponibilizou uma lista de jogos para brincar com as crianças e aprender sobre arte, e ainda destacou a roda de conversa com a escritora portuguesa Grada Kilomba e a escritora brasileira Djamila Ribeiro, que já tem mais de 8 mil visualizações no YouTube. O Museu da Imagem e do Som (MIS) também está relembrando uma série de bate-papos. Björk e a música, Pierre Verger e Bacurau são alguns dos temas debatidos. Outras instituições como o Catavento, o Museu da Imigração, Museu Afro Brasil e o Centro Cultural Banco do Brasil também estão divulgando suas atividades e acervos on-line.

Até as bibliotecas estão tentando se reinventar nesse período, mas como não dá para simplesmente disponibilizar os livros na internet, elas inovam nas atividades complementares para incentivar a leitura. A Biblioteca de São Paulo e a Biblioteca Villa Lobos fizeram, cada uma, uma playlist dos bate-papos com os escritores do programa Segundas Intenções e relembram o Prêmio São Paulo de Literatura 2018. O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (Siseb) também está oferecendo vídeos de várias oficinas, palestras e debates com figuras como Pedro Bandeira, Eva Funari e Laerte Coutinho.

Promovida pela Pinacoteca do Estado, a roda de conversa entre as escritoras Grada Kilomba e Djamila Ribeiro está acessível no Youtube – Foto: Levi Fanan

Para os cinemas também é difícil disponibilizar filmes on-line, não sendo uma plataforma de streaming, mas existem algumas opções gratuitas para os telespectadores. O Instituto Itaú Cultural está promovendo uma mostra que relaciona a influência do indivíduo no ambiente e vice-versa. Eu no Espaço/O Espaço em Mim fica em cartaz no site do instituto até o dia 28 de abril e conta com uma amostragem de curtas e longas-metragens brasileiros. Outras propostas do Itaú Cultural para incentivar as pessoas a ficarem em casa são as entrevistas feitas com os participantes do ciclo Black Mirror – O Impacto da Tecnologia nas Relações Humanas e o podcast Mekukradjá, que traz pesquisadores, artistas e líderes indígenas para debater.

Para quem gosta mais de esporte, a Red Bull TV, além da grande quantidade de vídeos sobre diferentes modalidades que já oferece, também disponibilizou neste período uma série sobre dança de rua. A novidade desses vídeos é que os dançarinos fazem suas performances em diferentes lugares do mundo, como que mostrando ao telespectador os principais pontos turísticos desses lugares e levando-o para viajar sem sair de casa. A São Paulo Companhia de Dança também deixou alguns de seus espetáculos mais famosos acessíveis, como O Lago dos Cisnes (2018) e Noite Tchaikovsky (2017).

Por Jornal da USP

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