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Os segredos do Vinho Verde

A primeira vez que alguém ouve a expressão Vinho Verde, geralmente estranha. Tem vinho tinto, vinho branco, vinho rosé, mas vinho “verde”? Como assim? Calma, Vinho Verde não é verde. Vinho Verde refere-se aos vinhos da região mais ao norte de Portugal, divisa com a Espanha, conhecida como “Entre-Douro-e-Minho” em função dos rios que defi nem seus limites geográficos ao sul e ao norte.

Então, você encontra Vinho Verde tinto, branco, rosé e espumante. Mas, se o vinho não é verde, qual o porquê do nome? Há duas versões. A primeira diz que ele tem esse nome, pois as uvas de lá têm elevado teor de acidez e assim resultam em vinhos que parecem ter sido feitos com uvas colhidas antes da hora, ou seja, “verdes”. A segunda versão, mais difundida pelos produtores, dá conta que o nome se deve por a região ser verde, ou seja, o vinho vem de um lugar de paisagens lindas e verdes.

Os Vinhos Verdes são produzidos com castas locais. Os brancos costumam ter uma mescla de Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal, Loureiro e Trajadura, por exemplo. Os tintos, com Vinhão. Todos sempre bastante frescos e alegres.

Verde de cara nova

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Porém, talvez poucas regiões vitivinícolas do mundo sofram tanto com estereótipo quanto a dos Vinhos Verdes. Quando alguém pensa em Vinho Verde, logo vêm à mente os brancos cheios de gás carbônico, elevado teor de açúcar residual e grande acidez, em uma garrafa translúcida que dá sede só de olhar.

Porém, Vinho Verde é mais do que isso e algumas mudanças vêm acontecendo lentamente nos últimos anos. Enólogos mais ousados, como Carlos Teixeira, da Quinta da Lixa, por exemplo, tem feito vinificações distintas para o mesmo varietal, com a intenção de compor lotes mais complexos e ricos em aromas.

No mesmo sentido, algumas vinícolas têm produzido monovarietais de Azal, Loureiro, Avesso e Arinto, ricos em tipicidade que estão dividindo fama com o já consagrado Alvarinho. O Vinho Verde está mudando e quem acompanhar essas mudanças irá se surpreender.

Gastronomia e vinhos verdes

Brancos – Aromáticos, tradicionalmente harmonizam-se com saladas, peixes, mariscos, carnes de aves e pratos da culinária oriental. Recentemente, têm sido servidos como aperitivo.

Rosados – De aromas mais intensos, são servidos como aperitivo ou acompanhando sobremesas.

Tintos – Mais encorpados, casam bem com pratos da gastronomia regional minhota, como arroz de lampreia, bacalhau com migas, tripas à moda do Porto, entre outros.

Espumantes – Além de escoltarem os pratos tradicionais, são servidos como parceiros de entradas e todo tipo de canapés, pratos de peixe, carne, mariscos, além de comida oriental.

Ivan Gattes Bianchi
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