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Os rótulos do Velho Mundo

“Mis en bouteille au Château”, “Crianza”, “Denominazione di Origine Controllata e Garantita”, “Kabinett Trocken”. Estes são alguns dos termos que encontramos nos rótulos dos vinhos europeus e que podem assustar quem se depara com esses códigos pela primeira vez. Aliás, mesmo enófilos experientes às vezes se confundem com os termos usados para designar as características das bebidas de alguns países do Velho Mundo.

Os rótulos foram criados para facilitar o reconhecimento do vinho que está dentro de uma garrafa. Acredita-se que as primeiras “etiquetas” datem do Egito Antigo. As primeiras de que se tem notícia foram encontradas na tumba do rei Tutankamon, em 1352 a.C. Nelas era possível saber a data da safra, a região de onde veio, o vinhedo e até o nome do enólogo. Ou seja, quase a mesma quantidade de detalhes que temos atualmente.

Com o advento das garrafas de vidro, por volta do século XVIII, os rótulos se transformaram. A princípio, eles eram feitos à mão e amarrados aos gargalos das garrafas (um dos primeiros registrados é de autoria do monge Pierre Pérignon – Dom Pérignon – dito como sendo o inventor do Champagne). Somente depois do surgimento da litografia (impressão de gravura por meio de prensa) é que começaram a aparecer as séries de etiquetas que passariam a ser coladas nas garrafas.

Mais tarde, já no século XX, é que os países começam a legislar sobre o conteúdo dos rótulos, obrigando os produtores de determinadas regiões a padronizarem as informações para que o consumidor pudesse compreender melhor o que estava bebendo. Ainda assim, muitas regiões vitivinícolas tradicionalíssimas da Europa mantêm um estilo de rótulo peculiar que dá “pistas” do que está sendo consumido, mas sem ser óbvio. É o caso da França, por exemplo, cuja principal informação das etiquetas costuma ser a região onde o vinho foi produzido e, a partir daí, eles presumem que o consumidor conheça as características históricas dos vinhos lá produzidos para “descobrir” o que está comprando.

Arnaldo Grizzo
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