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Mostra ‘Ecos de 1922’ revela como o modernismo influenciou o cinema

O cinema nacional não viveu o Modernismo da mesma forma como as outras artes, mas pode-se dizer que esse importante movimento ecoou bastante em nossos filmes. Para celebrar os 100 anos da Semana de 22, a mostra “Ecos de 1922 – Modernismo no Cinema Brasileiro” reúne 50 títulos, produzidos entre 1922 e 2021, que revelam um pouquinho dessas influências.

O evento pode ser conferido no CCBB São Paulo, entre os dias 9 de fevereiro e 7 de março, com sessões gratuitas de terça a domingo, em diversos horários. Os ingressos podem ser retirados aqui ou direto na bilheteria do espaço.

Com curadoria de Diogo Cavour, Feiga Fiszon e Aïcha Barat, a mostra exibe filmes de diretores que marcaram o cinema brasileiro, como Glauber Rocha, Nelson Pereira, Cacá Diegues, Jorge Bodanzky, Rogério Sganzerla e Júlio Bressane. E, além das exibições convencionais, a programação ainda conta com bate-papos, sessão com música ao vivo e sessões com audiodescrição e Libras.

#VivaACidadeNaResponsa: ao comparecer aos eventos, não se esqueça de levar o seu passaporte de vacinação. Sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? 💚

Fique ligado(a)! Por conta do novo aumento de pessoas contaminadas pelo Coronavírus, muitos eventos têm sido adiados ou cancelados. Para não deixar de aproveitar seu rolê, antes de sair de casa, confirme nos sites e redes sociais, bilheterias e plataformas de vendas de ingressos se não ocorreram alterações na sua atração.

Algumas dicas do que assistir

Entre as preciosidades da mostra, está “No Paiz das Amazonas” (1922), de Silvino Santos, com uma sessão musicada ao vivo pelo músico indígena Nelson D. Esse documentário mudo retrata aspectos da vida na região Norte do Brasil em 1922 e apresenta detalhes sobre o processo de extrativismo e cultivo de alguns produtos. A sessão acontece no dia 4 de março, às 17h30.

Outro clássico é “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964), de Glauber Rocha, um dos maiores representantes do movimento conhecido como Cinema Novo. Na trama, Manuel é um vaqueiro que se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes e acaba matando-o em uma briga.

Ele passa a ser perseguido por jagunços e foge com sua esposa, Rosa, juntando-se aos seguidores do beato Sebastião, que promete o fim de qualquer sofrimento. Porém, ao presenciar a morte de uma criança, Rosa mata o beato. Enquanto isso, Antônio das Mortes, um matador de aluguel que presta serviço aos latifundiários da região, se torna uma ameaça para os seguidores do beato.

Também não deixe de assistir ao clássico “Macunaíma” (1969), de Joaquim Pedro Andrade, inspirado na obra do modernista Mário de Andrade. O filme narra as aventuras de Macunaíma, um anti-herói preguiçoso e sem caráter. Ele nasce no sertão, vai para a cidade grande com os irmãos e se envolve com prostitutas, guerrilheiras e todo tipo de gente.

“Tabu” (1982), de Júlio Bressane, faz um passeio pela música brasileira e conta a hipotética história de um encontro entre o compositor Lamartine Babo (Caetano Veloso) e o escritor modernista Oswald de Andrade (Colé Santana), promovido por João do Rio. Em suas conversas, surgem temas como poesia, música, marchinhas e o Carnaval.

Mais um filmão é “Iracema: uma Transa Amazônica” (1974), de Jorge Bodanzky e Orlando Senna. Em contraste com a propaganda do governo, que ostentava o progresso trazido pela construção da Transamazônica em plena Ditadura Militar, uma câmera sensível revela os problemas que a estrada traria para a região: desmatamento, queimadas, trabalho escravo e prostituição infantil.

A obra, que mistura documentário e ficção, acompanha uma pequena equipe de cinema em sua expedição à Amazônia para rodar um filme. Ali, o caminhoneiro Tião Brasil Grande encontra a jovem prostituta Iracema, e eles percorrem juntos parte da região, sob rígido controle militar.

A mostra “Ecos de 1922 – O Modernismo no Cinema Brasileiro” tem várias outras pérolas para você garimpar. Para conferir a programação completa, basta acessar este site aqui.

Por Catraca Livre

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