SIGA O JUSCELINO NAS REDES  
  
  
  
  
Home > Cultura > Exposição sobre resistência LGBT na Ditadura abre em SP

Exposição sobre resistência LGBT na Ditadura abre em SP

Um olhar para a luta do movimento LGBTQIA+ contra o autoritarismo pode ser conferido na exposição “Orgulho e Resistência: LGBT na Ditadura”, que reabre o Memorial da Resistência (Estação Pina), espaço dedicado a preservar a memória sobre esse duro período de repressão política no Brasil.

A mostra pode ser conferida até 26 de abril, de quarta a segunda, das 12h às 18h.  A entrada é grátis e os ingressos devem ser retirados por meio deste site. A dica é levar seus fones de ouvido para conferir todos os materiais audiovisuais!Orgulho e Resistência: LGBT na Ditadura - Memorial da ResistênciaCrédito: Vânia Toledo – divulgaçãoA resistência LGBT na ditadura ficou mais forte a partir de 1978

Com curadoria de Renan Quinalha, a mostra foi feita em parceria com o Museu da Diversidade Sexual e reúne obras literárias, cartazes de peças de teatro, músicas, filmes, fotografias, outros materiais que confrontavam a censura da época e documentos oficiais do regime militar.

Entre os destaques estão uma série de imagens feitas pela famosa fotógrafa mineira Vânia Toledo e uma ilustração inédita da cartunista Laerte Coutinho, que trata da pluralidade de gêneros.

Além de defender a diversidade, a exposição sobre a resistência LGBT (sigla usada pelo movimento na época) na ditadura tem a proposta de mostrar ao público como as prisões em massa nessa época foram usadas como um mecanismo do Estado para reprimir todos os “tipos sociais indesejáveis”, a partir do hipócrita ideário da moral e dos bons costumes.Crédito: Vânia Toledo – divulgaçãoA exposição também mostra a importância da contracultura para a resistência LGBTQIA+

Essas operações para perseguir e prender a comunidade LGBTQIA+ depois do Golpe de 1964 ficaram conhecidas como Operação Boneca, Operação Limpeza, Pente-Fino e Arrastão.

E, em oposição a essa repressão, surgiram importantes e transgressoras forças da contracultura, como o grupo Secos e Molhados, que tinha como vocalista Ney Matogrosso e defendia abertamente a ideia de pluralidade de gêneros.

A exposição ainda mostra, por meio de fotografias de atos de rua e capas de publicações da imprensa alternativa, como o movimento LGBT tornou-se mais organizado a partir de 1978. E, desde então, tem lutado por causas que só se tonaram conquistas muito recentemente, como a união estável e casamento homoafetivos (2011), a mudança de prenome e sexo nos registros de pessoas trans (2018) e a criminalização da LGBTfobia (2019).Laerte CoutinhoCrédito: Laerte Coutinho – divulgaçãoA cartunista Laerte Coutinho trata da diversidade e pluralidade de gêneros nessa obra inédita

Além da exposição física, você pode conferir um material virtual bem bacana sobre a resistência LGBT na ditadura preparado em uma parceria entre a Casa 1 – Casa de Cultura e Acolhimento LGBT e o Instituto Temporário de Pesquisa sobre Censura.

Nesta plataforma digital são disponibilizados materiais articulados aos eixos curatoriais da exposição, reunindo um conjunto de imagens, vídeos, áudios, textos e ilustrações.

Visite o Memorial da Resistência

Assim como todos os museus e centros culturais que reabriam na fase verde da quarentena, o Memorial da Resistência segue protocolos de segurança sanitária que devem ser respeitados por todos os visitantes. O uso de máscara de proteção é obrigatório para todes, e, antes de entrar no espaço, você terá a temperatura medida. Respeite a distância de 1,5 metro entre as pessoas indicada pela sinalização no chão.

Além disso, o museu colocou tapetes sanitizantes e secantes logo na entrada e disponibiliza álcool em gel 70% em vários espaços. E os serviços de limpeza e higienização foram intensificados. Não é permitido o consumo de alimentos ou bebidas dentro da instituição.

Por Catraca Livre

Você pode gostar também de
Maestro João Carlos Martins ganha exposição gratuita na Paulista
Semana de Arte Moderna ganha exposição imperdível no MAM SP
Exposição no IMS Rio exibe fotografias icônicas de Peter Scheier
Exposição ‘Volta ao Mundo’ recria cidades com peças de Lego

Deixe o seu comentário