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Empresa que preza diversidade emprega mão de obra madura

Enquanto por aqui as empresas continuam descartando sua mão de obra mais velha, em outros países o trabalhador maduro vem se tornando um ativo indispensável. De acordo com reportagem publicada em outubro pela BBC, essa é uma questão crucial para a Alemanha, onde 21% da população têm mais de 65 anos. Um sessentão alemão se encontra numa faixa etária ainda bastante produtiva e as companhias têm investido em ergonomia para adaptar o ambiente para seus funcionários veteranos. Na indústria, onde há grande demanda física, a tecnologia está sendo utilizada para facilitar a vida desses colaboradores e retê-los por mais tempo.

É por isso que a expressão “age ready”, que significa estar pronto para o envelhecimento, vem entrando no menu das discussões de diretoria de empresas antenadas. A consultoria Mercer tem inclusive um teste para avaliar quem está preparado para os desafios de acolher e motivar seus colaboradores experientes, que serão cada vez mais importantes com a mudança do perfil demográfico da população. Esse ainda é um movimento tímido, porque a maioria das organizações não consegue enxergar que esses novos velhos dispõem de um capital intelectual que não deveria ser desperdiçado.

A expressão “age ready” se refere a empresas que prontas para o envelhecimento, ou seja, que vão aproveitar o capital intelectual de seus trabalhadores mais velhos — Foto: Mike Weston https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=26910357
A expressão “age ready” se refere a empresas que prontas para o envelhecimento, ou seja, que vão aproveitar o capital intelectual de seus trabalhadores mais velhos — Foto: Mike Weston

Além disso, para ter diversidade, será preciso garantir que essa mão de obra faça parte da companhia. É bom não esquecer a força crescente do poder de consumo do segmento, um público que certamente não verá com bons olhos as organizações que demonstram preconceito contra os mais velhos. A Mercer tem um decálogo para as empresas se tornarem “age ready”. Elegi os tópicos que considerei mais relevantes.

1) Faça um levantamento interno para entender a dinâmica demográfica da mão de obra da companhia. Evite suposições sobre a relação do desempenho com a idade dentro da organização. Funcionários mais velhos podem ser menos rápidos, mas cometem menos erros. As evidências sugerem que times intergeracionais têm melhor performance.

2) Não exclua os trabalhadores mais velhos de planos de carreira: se são relevantes para a organização, devem ter iguais oportunidades de desenvolvimento.

3) O trabalho hoje é muito diferente daquele que as pessoas que têm mais de 50 anos conheceram quando deram seus primeiros passos profissionais. A empresa que se dispuser a conversar com esses colaboradores provavelmente vai descobrir que muitos gostariam de fazer outras coisas, como trabalhar em casa, ou poderiam ser aproveitados como coaches.

4) Implemente horários mais flexíveis e fique atento às necessidades de funcionários que também são cuidadores, porque eles precisam de suporte: podem estar cuidando de pais frágeis, ou mesmo dos netos.

5) Mapeie os sinais de ageísmo, ou seja, de preconceito contra os velhos, que possam existir dentro da empresa. Certifique-se de que a diversidade seja de gênero, raça, orientação sexual e idade.

Embora, no mundo todo, boa parte continue trabalhando por necessidade, uma pesquisa recente realizada na Inglaterra mostrou que um quarto dos entrevistados achava que tinha parado muito cedo – em torno dos 62 anos. Um terço se queixava de que havia perdido seu propósito de vida. O primeiro mês da aposentadoria se assemelhava ao paraíso, mas, depois de algum tempo, uma parcela consistente das pessoas se ressentia da falta do ambiente de camaradagem do trabalho e das muitas horas passadas dentro de casa, que podem levar à solidão.

Fonte: G1

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