Arqueólogos descobriram duas tumbas e um tesouro com mais de 3,5 mil anos de idade próximo a um palácio na região do Peloponeso, no sul da Grécia. Pesquisadores da Universidade de Cincinnati, Estados Unidos, trabalham na região há dois anos e já tinham localizado a cova de um soldado, segundo a agência Associated Press.
Os exploradores conseguiram recuperar o tesouro que estava em tumbas erguidas perto do sítio arqueológico do palácio de Pylos. As estruturas são do período micênico. Os pesquisadores acreditam que as tumbas tiveram telhados em forma de domo, e essas coberturas foram destruídas ainda durante a antiguidade. E foi justamente a queda do telhado que ajudou na preservação: os objetos ficaram soterrados e acabaram sendo preservados, longe dos saqueadores de tumbas.
Entre os artefatos recolhidos agora pelos arqueólogos estão um anel de ouro com o selo real e um amuleto com a imagem da deusa Hator, do Egito antigo. O governo grego destacou esta descoberta e a classificou como importante para os estudos sobre a civilização e a formação do país.
Presente de grego
A civilização micênica ocupou a península e as ilhas gregas durante a Idade do Bronze (entre 1650 e 1100 a.C) e foi com ela que surgiram importantes figuras da mitologia e lendas da Grécia Antiga, como o Cavalo de Troia.
Todas as descobertas são anteriores à construção do castelo de Pylos, que foi registrada em um dos cantos da Odisseia de Homero, como a moradia do sábio rei Nestor.
A maior das duas tumbas tem doze metros de comprimento e paredes de quase cinco metros de altura. Durante a sua fundação este tamanho chegava a mais de dez metros.
Já a outra tumba ocupa uma área um pouco menor e suas paredes têm apenas dois metros de altura. Ambas tinham na sua criação uma cobertura em formato de domo e construções subterrâneas, dedicadas apenas a membros da realeza micênica.
Por G1