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De calvície até impotência e câncer: saiba perigos do uso de anabolizantes

Léo Marques
Colaboração para o VivaBem

Um corpo com muitos músculos e pouca gordura. Alcançar esse objetivo exige bastante disciplina no treino e na dieta, além de paciência, pois algumas pessoas precisam de anos de dedicação para alcançar o porte atlético.

Para “facilitar” o processo e obter resultados mais rapidamente, muitas pessoas recorrem aos esteroides anabolizantes, popularmente conhecidos como “bombas”. O problema é que os efeitos dessas substâncias no corpo vão muito além da mudança no shape: elas podem trazer graves problemas de saúde.

O que são os anabolizantes

Segundo a Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), os anabolizantes, a rigor, são substâncias que contribuem para o aumento da massa muscular e podem vir a diminuir a gordura corporal, o que ajuda a conquistar um “shape definido”.

Entre os anabolizantes mais comuns estão o GH (hormônio do crescimento) e os derivados da testosterona, hormônio responsável por grande parte das características masculinas, como maior quantidade de pelos no corpo, maior espessura das cordas vocais (deixando a voz grossa) e maior força e massa muscular.

É importante saber que essas substâncias são remédios, que só podem ser vendidas com receita médica, usados para tratar problemas de saúde como deficiências hormonais, algumas neoplasias, doenças neurológicas e até mesmo na recuperação de peso de pacientes portadores de HIV.

A utilização desses produtos para melhora dos resultados do treino não é indicada por nenhuma sociedade médica e, no caso de competições esportivas, é considerada doping, conforme enfatiza Roberta Frota, endocrinologista do Hospital 9 de Julho.

O perigo do uso de anabolizantes

Tanto homens quanto mulheres correm diversos riscos ao usar hormônios sintéticos. Entre os problemas mais comuns que essas substâncias trazem estão:

  • Aumento de acnes no rosto;
  • Queda de cabelo;
  • Distúrbios da função do fígado, o que pode gerar tumores no órgão e falência hepática;
  • Coágulos de sangue, que aumentam o risco de trombose
  • Retenção de líquidos
  • Aumento no risco de contrair Aids e hepatite, doenças transmitidas ao compartilhar seringas para injetar a droga;
  • Diabetes;
  • Crescimento de tumores, especialmente câncer de mama, câncer de próstata e câncer de intestino.

Maria Janieire de Nazaré, médica assistente da unidade de reabilitação cardiovascular e fisiologia do exercício do Instituto do Coração, da USP (Universidade de São Paulo), alerta ainda que os esteroides anabolizantes podem causar diversas alterações no sistema cardiovascular, como aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca associada a uma elevação da atividade nervosa simpática ativada pelo nosso sistema nervoso central. “Ocorre também a diminuição do HDL (colesterol bom) e aumento do LDL (colesterol ruim)”, diz Nazaré. Todas essas condições estão associadas a um maior risco de problemas como infarto e AVC.

Alterações na aparência e no comportamento

Não pense que a mudança estética trazida pelos esteroides é sempre positiva. “O uso específico do GH pode gerar, por exemplo, deformidades irreversíveis na aparência, como aumento do queixo, do nariz, das orelhas, das mãos e dos pés pés”, ressalta Frota.

Especificamente nos homens, os anabolizantes ainda estão associados ao crescimento das mamas (ginecomastia), redução dos testículos e do número de espermatozoides –e, consequentemente, infertilidade –, além de impotência sexual. “Já nas mulheres pode ocorrer irregularidade menstrual, infertilidade, engrossamento da voz, aumento do clitóris, crescimento exagerado de pelos no corpo e diminuição dos seios”, alerta Frota.

Quem usa “bombas” ainda pode apresentar alteração comportamentais: vive constantemente irritado, tem comportamento agressivo, explosões de ira, paranoia, alucinações e psicoses.

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