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Os benefícios de alimentos do cerrado e da mata atlântica

Seja cultivados no quintal de casa, seja na feira agroecológica mais próxima, novos alimentos têm merecido destaque. “A valorização do que é nativo é cada vez maior e, com isso, os biomas brasileiros ganham total atenção”, diz Natália Marques, nutricionista e coordenadora do curso de pós-graduação em fitoterapia funcional da VP Centro de Nutrição Funcional (SP).

Um deles é a mata atlântica, que guarda verdadeiros tesouros para a saúde. Para a nossa sorte, muitos dos alimentos já chegaram nas prateleiras e podem ser consumidos por todos. “A mata atlântica é uma região mais úmida, então as frutas são mais aquosas e suculentas”, explica a nutricionista. Em geral são ricas em flavonoides, compostos que têm ações anti-inflamatória, vasodilatadora e analgésica.

Já o cerrado guarda espécies mais resistentes. “As frutas desse bioma são mais adstringentes na boca, que é uma característica de resiliência. São espécies com forte teor medicinal”, explica. Costumam ser carregadas de óleos essenciais, saponinas e alcaloides.

Grande parte da região, que inclui estados como Goiás, Mato Grosso e o Distrito Federal, sobrevive da agroeconomia. “O óleo de babaçu é um dos exemplos que move a economia local. Desde a extração até no uso para fazer tortas, bolos e outros pratos”, comenta Giselle França, nutricionista e docente da UVA (Universidades Veiga de Almeida) e da FMP-FASE (Faculdade Arthur Sá Earp Neto).

Graças ao aumento dos estudos em universidades brasileiras, muitos desses alimentos já ganharam atestados de bons aliados da saúde. “Em alguns locais, como mercados municipais e feiras agroecológicas, jé é bem fácil de encontrar esses produtos”, comenta Marques. Confira algumas opções para incluir em seu cardápio.

Alimentos da mata atlântica Cambuci

É uma fruta típica de mata, extremamente suculenta. “Tem três vezes mais vitamina C do que a acerola”, comenta Clara Miranda, nutricionista e coordenadora do Congresso de Gastronomia Funcional. É extremamente ácida, mas muito refrescante. O cambuci pode ser usado em sucos e sorvetes. “Bata o inhame cozido, com açúcar e polpa de cambuci. Leve ao freezer e tenha um sorvete delicioso”, ensina a nutricionista.

Taioba É uma folha que pode chegar ao tamanho de uma pessoa. É importante que comê-la refogada, pois o vegetal é rico em oxalato, que pode dar pedra nos rins. “A taioba é uma planta rica em proteína”, destaca Miranda. Ainda é fonte de nutrientes como vitamina A, vitamina C, cálcio e fósforo. É tão benéfica para a saúde quanto a couve. Atua como antioxidante, melhora a visão e auxilia o trato intestinal. Pode ser usada no preparo de um molho semelhante ao pesto.

Ora-pro-nóbis Outra importante fonte de proteína vegetal, o ora-pro-nóbis é uma folha que cresce com muita facilidade em qualquer cantinho. A planta é rica em magnésio, além de ter uma boa dose de fibras, o que garante o bom funcionamento do intestino. Nos cardápios dos restaurantes mineiros é encontrada refogada, como recheio de tortas e acompanhamento. “É uma boa escolha para os veganos aumentarem a ingestão de proteína”, aconselha Miranda.

Beldroega Rica em flavonoides, substâncias que a planta cria para se defender. A folha é suculenta, estoura na boca e geralmente é consumida como salada. “O alimento é fonte de proteína e ômega 3 vegetal”, diz Marques.

Azedinha “Tem um sabor de rúcula, já com um toque de limão”, acredita Miranda. A azedinha é uma folha cítrica, rica em vitamina C, que dá um toque especial aos pratos frios e saladas. “Ela é rica em terpenos, que é uma substância anti-inflamatória e desintoxicante”, comenta Marques.

Alimentos do cerrado

Cajuzinho do cerrado Semelhante ao caju que conhecemos, porém bem menor. É rico em betacaroteno, um antioxidante que protege o organismo e melhora a saúde ocular. “O alimento ainda ajuda a proteger o estômago”, explica Marques. É usado como tratamento fitoterápico em casos de má digestão e gastrites. A fruta apresenta sabor adstringente e “amarra” na boca.

Babaçu É um pequeno coco. “A farinha de babaçu é muito rica em fibras, o que colabora para a digestão e para a microbiota do intestino”, explica Marques.

Pequi Muito presente na culinária do Goiás, é uma fruta poderosa para a saúde. “O alimento é rico em ácidos graxos monoinsaturados, a mesma gordura do azeite”, explica França. Esses compostos ajudam a reduzir os níveis de colesterol LDL do sangue, evitando acúmulo de placas de gordura nas veias e artérias, o que protege a saúde cardiovascular. “A semente pode ser consumida como uma castanha e o fruto pode ser usado no preparo de carnes e outros pratos, como o arroz com pequi”, ensina a nutricionista.

Baru A castanha-de-baru tem um sabor que lembra o amendoim, mas o destaque fica por conta dos seus benefícios nutricionais. “É rica nos ômegas 3, 6 e 9, além de ter alta concentração de zinco”, comenta Marques. Pode ser consumida como petisco ou em receitas.

Buriti Assim como o baru, o destaque do buriti é a sua castanha. Rica em fibras, ela ajuda no funcionamento do trato intestinal e ainda traz uma série de benefícios à saúde. “O alimento diminui o risco de problemas como câncer, doenças cardíacas e aterosclerose”, comenta França. Pode ser usado como uma oleaginosa em preparos culinários ou consumida pura.

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