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10 vinhos sublimes que nos encantaram em degustações fantásticas

Château Latour 1982 – (AD: 100 pts)

Bordeaux, França – Claret

Base de 80% Cabernet Sauvignon. Ainda uma criança. Fruta linda, musgos da floresta e um toque metálico marcante. Textura fabulosa e vibração incrível. Pimenta negra, ervas, pinho e cinzas revelados em camadas. Músculos de aço. Num estilo que se conecta com a rebeldia e personalidade dos grandes do mundo moderno, em que mineralidade e verticalidade são protagonistas. Uma espada afiada. Compre aqui.

Château Cheval Blanc 1982 – (AD: 100 pts)

Bordeaux, França – Claret

Na terra dos cortes, Cabernet Franc (66%) e Merlot (32%), este vinhedo na época tinha 1% de Malbec. Servido às cegas, eu nunca diria que tem esta idade. Um vinho capaz de emocionar. Finíssimo, tem a mineralidade fabulosa em nariz e boca. Buquê com floresta e musgos, numa elegância que se confirma em boca com a fruta esplêndida, suculenta, fresca. A proximidade do vinhedo com o Pomerol explica este caminho de elegância. Encantador. Sensual. Eterno. Os aromas de evolução em sua infância. Compre aqui.

Château Lafite Rotschild 1982 – (AD: 100 pts)

Bordeaux, França – Claret

Se tivesse que descrevê-lo em uma palavra, esta seria nobreza. Frutas cristalinas, cereja e ameixas deliciosas. E tudo isso com o cedro marcante, taninos presentes, cinzas frias e pimentas brancas, em conjunto com fascinante acidez. Elegância a toda prova com força para viver por anos. Espero degustá-lo novamente quando completar 50 anos de vida. Compre aqui. 

Château La Mission Haut-Brion 2010 – (AD:98 pts)

Bordeaux, França – WorldWine

Sempre um privilégio degustar este vinho, que é uma definição de nobreza em formato líquido. Top model com perfeição em cada ângulo. No nariz, traz as frutas vermelhas puras e feno. Esbelto, elegante, mas com a força de músculos tonificados. Taninos sedosos e um princípio de toques de estrebaria. O La Mission Haut-Brion foi o único vinho ao qual já dei 100 pontos duas vezes, para as safras 1963 e 1989. 2010 foi uma belíssima safra e acredito que posso revisitar esta pontuação quando ele chegar aos 30 anos de idade. Compre aqui. 

Finca Piedra Infinita Supercal 2016 – (AD: 97 pts)

Zuccardi, Mendoza, Argentina – Grand Cru

Tinto elaborado exclusivamente a partir de uvas Malbec advindas de uma pequena parcela de meio hectare na Finca Piedra Infinita, em Atamira, no vale do Uco, de solos arenosos com fundo calcário, com fermentação em tanques troncocônicos de concreto sem epóxi e sem adição de leveduras e, posterior, estágio em tanques de cimento e em barris usados de 500 litros. Comparado ao seu irmão mais novo, Piedra Infinita, esbanja fruta de qualidade, acompanhada de notas florais e de ervas, mas tudo mostrado de modo refinado, com muito frescor, taninos firmes e de excelente textura, acidez vibrante e final nítido e profundo, com toques de giz e de cerejas. Álcool 14%. Compre aqui.

Domaine Dujac Clos De La Roche Grand Cru 2005 – (AD: 97 pts)

Borgonha, França – Claret

Para mim, a melhor safra dos últimos 30 anos. Vinhos carnudos, encorpados e de longa guarda. Super jovem, 13 anos e com visual de três. Um caleidoscópio aromático, groselha, mirtilo, cassis, floral com jasmim, acácia, especiarias, pimenta branca, ervas aromáticas, bouquet garni. Super encorpado, núcleo pleno e de peso, seivoso e profundo, crocante, intenso e muscular. Muito aderente, equilíbrio perfeito entre fruta, acidez e corpo com um multidimensional final de boca. Um grande vinho que, para meu gosto, precisa de, no mínimo, mais oito a 10 anos de paciência na adega para começar sua maravilhosa transformação. Um feliz final para a degustação. Compre aqui.  

Viña Tondonia Gran Reserva 1994 – (AD: 96 pts)

López de Heredia, Rioja, Espanha – Vinci

Tinto composto de 75% Tempranillo, 15% Garnacha e 10% Mazuelo e Graciano, com estágio de 10 anos em barricas de carvalho. Excelente exemplo do estilo clássico de Rioja, esbanja complexidade aromática e de sabores, sempre mantendo o perfil refinado, de ótima acidez e de taninos de grãos finíssimos. Mostra-se de modo sutil e firme, com final longo e profundo, com toques terrosos, de cerejas, de couro e de tabaco. Um tinto obrigatório para compreender os vinhos dessa região espanhola. Álcool 12%. Compre aqui

Lanson Noble Cuvée Brut 2002 – (AD: 96 pts)

Lanson, Champagne, França – Cantu

O estilo da casa Lanson é a vibrante e cristalina acidez. Mais do que a data de colheita, o que contribui para isto é que os grandes champagnes da casa, como este Noble Cuvée não fazem fermentação malolática. O nariz é floral, com um pequeno início de evolução. Incrível estrutura e vibração. O fim de boca tem extrema mineralidade.  A sensação do paladar é como um suco de limão siciliano. Jamais diria que tem 17 anos. E como os grandes vinhos vai abrindo e se revelando na taça. Álcool 12%. Compre aqui. 

Opus One 1979 – (AD: 96 pts)

Mondavi & Rothschild, Napa Valley, Estados Unidos – Wine’s Life

Está vivo! O nariz é plenamente francês, mas o perfil de fruta se mostra Novo Mundo. Fiéis à sua essência desde o primeiro passo. Cogumelo, tomilho e terra molhada. Fruta vermelha, cereja. A acidez é deliciosa e os taninos tem a textura dos melhores de hoje. Merece esta nota, pois é a prova de que eles tinham uma visão clara e enxergaram seu potencial. Groselha e o pequeno toque de pimenta que viriam a marcar os melhores anos. Tem um aroma terroso marcante. Se tiver uma destas garrafas em casa, não decante, nem espere muito entre abrir e beber. Compre aqui. 

Baron Knyphausen Erbacher MichelmarkTtrockenbeerenauslese Riesling 1976 – (AD: 96 pts)

Weingut Baron Knyphausen, Rheingau, Alemanha – Vind’Ame

As diferenças entre o 1976 e o 2010 começam pela cor. O 1976 é quase mogno, ou cor de rapadura escura, que também vai marcar presença na boca. Os aromas são muito mais evoluídos, aparecendo notas que remetem a cogumelos e iodo (medicinais), além de frutas secas na linha de damascos/nozes e verniz não muito intenso. Na boca, além da já citada rapadura, destaca-se o perfeito equilíbrio entre acidez, açúcar e álcool. O final de boca é muito longo, mas um pouco menos intenso e vivo do que o de seu irmão 34 anos mais novo. Recomenda-se a quem porventura tiver esse privilégio, prová-lo sozinho, sem acompanhamentos. Álcool 8,2%. Compre aqui

Por Revista Adega

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