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Vinho branco no inverno? Eles podem ser divinos e combinar com pratos substanciosos

Foi numa noite de início do inverno em São Paulo, durante uma ‘live’ sobre vinhos nacionais e o momento atual do mercado, que o CEO da Inner Editora e publisher da ADEGA, Christian Burgos, ergueu o brinde aos participantes com um vinho branco encorpado na taça, com passagem por barrica, conforme revelou. E lembrou que eles, os brancos, também podem ser companhias muito boas no tempo frio.

Sim, porque quando vestimos um casaco geralmente surgem na cabeça palavras como Cabernet ou Shiraz, famosas pela opulência e a aptidão para acompanhar os pratos mais substanciosos. Mas se engana quem acha que apenas os tintos podem brilhar no inverno. Porque os brancos mais opulentos e ‘cremosos’, degustados nas temperaturas adequadas, podem ser igualmente reconfortantes na estação do frio.

Basta pensar em castas como Chardonnay, Viognier e Riesling, e regiões como Champagne e Sauternes, que às vezes combinam ainda melhor com pratos tradicionais de inverno do que os vinhos tintos.

A chave está em escolher variedades concentradas em sabor, com alto teor de álcool ou acidez. E esquecer as temperaturas de ‘iceberg’ muitas vezes destinadas aos brancos. Variedades como a Chardonnay, por exemplo, exibem melhor seus aromas quando servidas em torno de 12°C ou 13°C, e você pode seguir esse termômetro em relação aos outros brancos.

Variedades e harmonizações

Champagne

Os de safra mais antiga têm notas de brioche e nozes, e os mais jovens são mais frescos e cítricos, como é o caso também dos espumantes nacionais feitos pelo método charmat.

A bebida borbulhante pode acompanhar muito bem pratos untuosos como massas com molho de queijo, ou carbonara, batatas gratinadas e queijos como o brie, de preferênia assado com frutas. Na sobremesa pede tortas como o cheesecake, ou mesmo um fondant de chocolate.

Chardonnay

Os mais envelhecidos em carvalho, como exemplos da Borgonha, ou Califórnia, Austrália e Nova Zelândia, trazem corpo e concentração, propícios à temporada invernal.

Acompanha bem pratos como um ravioli de abóbora em manteiga de sálvia, também vegetais tostados e raízes, ou quem sabe um frango assado com legumes no próprio molho. Receitas orientais apimentadas e condimentadas também podem cair bem na companhia do vinho.

Chenin Blanc

Embora de corpo leve, é uma variedade é muito rica em acidez, característica que a torna interessante para fazer companhia aos pratos mais consistentes da estação fria.

Assados de carne branca como os perus que aparecem no Natal são uma boa ideia, inclusive com leves toques adocicados e de frutas no molho. Bom também para empadões de frango e pratos com embutidos e linguiças suínas condimentadas.

Viognier

De características semelhantes ao Chardonnay em corpo, guarda aromas perfumados e uma ‘cremosidade’ que vai suportar receitas com elementos mais densos.

Pratos indianos como um curry formarão belos casais, assim como o tailandês Pad Thai e outros preparos com especiarias. Vegetais adocicados como abóbora e batata doce podem levar um prato para o lado do Viognier.

Riesling

Os estilos de vinhos com maior dulçor produzidos com a casta são a escolha adequada para o inverno porque combinam bem com pratos mais densos e substanciosos.

Pratos orientais de porco em glaceados agridoces ou mesmo uma costelinha ao barbecue podem funcionar à mesa, e também pratos mais delicados como as vieiras. Cenouras assadas farão um par interessante, assim como tarteletes de frutas e merengues na sobremesa.

Sauternes

Os mais envelhecidos e de qualidade ganham coloração profunda e notas de caramelo, sem perder a acidez, enquanto os jovens têm sabores mais tropicais e frutados.

Salmão defumado é uma combinação propícia, sem falar nas clássicas harmonizações com o foie gras e os queijos azuis e de sabor mais pungentes. Na sobremesa vale apostar no crème brûlée para uma noite acolhedora de inverno.

Por Revista Adega

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