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Cinco razões para reduzir o consumo de frituras na sua alimentação

Batata-frita, pastel, coxinha e outras variedades: cada pessoa tem a sua fritura favorita. Mas é preciso ter atenção e evitar excessos para não trazer complicações à saúde.

Os principais fatores de risco estão associados ao ganho calórico, além de impactos à saúde cardiovascular e gastrointestinal. “Esses alimentos absorvem grandes quantidades de óleos ou gordura utilizados na fritura, que, ao serem aquecidos, produzem alterações químicas que são prejudiciais à saúde”, explica Alanderson Alves Ramalho, professor da UFAC (Universidade Federal do Acre).

Segundo especialistas ouvidos por VivaBem, é importante lembrar que a fritura não é a única vilã e é preciso ter atenção a aspectos da rotina. “Reduzir fritura tem que ser associado a uma dieta melhor, bons hábitos, controlar tabagismo. É um pacote, as coisas não vêm isoladas”, afirma o cardiologista Sérgio Ramalho, do Hospital Brasília/Dasa.

A seguir, veja cinco razões para diminuir o consumo de frituras:

1. Aumentam consumo de gorduras

A fritura pode ser realizada de duas formas: um processo conhecido como imersão, mais usado e com mais óleo, e o de contato ou grelha, combinando calor seco e menos óleo. O problema é que, unido à gordura do próprio alimento, esse combo fica bem gorduroso.

“A fritura sempre vem acompanhada por absorção de gordura que o próprio alimento tem e isso gera quantidade de calorias a mais”, afirma a nutricionista Flavia Auler, coordenadora do curso de nutrição da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). De acordo com ela, a absorção é maior no processo de imersão —a média de 10% do peso do alimento pode ser gordura.

Além disso, com o processo de calor, mesmo gorduras que seriam boas para a saúde podem ser transformadas em saturadas, que podem ser prejudiciais.

2. Podem produzir substâncias tóxicas

Outro efeito das altas temperaturas está associado à produção de acroleína, uma substância tóxica ao organismo que tem relação a impactos no trato gastrointestinal (esôfago, estômago e intestino) e alto poder de mutagenicidade, que pode induzir mutações no DNA, sendo potencialmente cancerígena.

Isso acontece porque cada tipo de produto usado para fritar tem um ponto de fusão (temperatura máxima que aguentam). É o caso de azeite, manteiga, óleo de coco e de soja, por exemplo. Quando esse nível é ultrapassado, o excesso de calor produz substâncias que prejudicam a saúde.

“O corpo absorve o que a pessoa está ingerindo, aproveita uma parte e elimina outra. Compostos tóxicos, sob muita exposição, em algum momento serão absorvidos. O excesso de fritura pode trazer isso”, alerta a nutricionista Marília Lacerda, professora Faculdade Pitágoras São Luís (MA).

3. Garantem saciedade, mas com poucos nutrientes

Quando as frituras concentram grande volume de gordura, há a sensação de saciedade mais rapidamente. Mesmo que isso evite que a pessoa coma de novo em um breve intervalo de tempo, também impede que ela coma alimentos mais saudáveis, como legumes e verduras. Lembrando que geralmente as frituras não garantem uma variedade nutricional.

4. Aumentam risco de resistência à insulina

O excesso de fritura, associado ao ganho de peso, também pode causar quadros de resistência à insulina. Isso ocorre quando as células do corpo não respondem bem à insulina, por isso, a glicose não consegue entrar nelas facilmente. Num primeiro momento, o pâncreas aumenta a produção de insulina para vencer essa resistência, mantendo normal o nível de glicose no sangue. Porém, em longo prazo, se a resistência não for tratada, o pâncreas “cansa” e não consegue produzir insulina suficiente para manter a glicemia normal. Aí, pode ser necessário receber insulina por meio de medicamento. A glicose alta no sangue é a marca do diabetes.

Além do diabetes, é possível que a pessoa com resistência à insulina também desenvolva hipertensão, dislipidemias (níveis altos de colesterol e triglicerídeos no sangue), esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado), síndrome do ovário policístico, obesidade, alguns tipos de câncer (como o câncer de próstata), doenças cardiovasculares e respiratórias, entre outras.

5. Provocam alterações no colesterol

O fígado é responsável por produzir parte do colesterol, chamada origem endógena, enquanto o restante é resultado da alimentação —a via exógena. Por isso, é necessário observar o tipo de gordura que será colocada no prato.

Alimentações ricas em fritura podem influenciar alterações danosas à saúde, aumentando os níveis de colesterol LDL, considerado “ruim”. “Esse colesterol em excesso vai trazer alguns comprometimentos, como maior propensão a doenças cardiovasculares”, explica Marília Lacerda.

Por UOL

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