Pensa em um encontro sensacional. O gestor cultural, escritor, jornalista e empresário Afonso Borges conseguiu reunir duas pessoas incríveis para falar sobre “A Vida Como Ela É/Será”: a filósofa Djamila Ribeiro e o médico Drauzio Varella.Crédito: Fábio Setmio (Djamila) | Divulgação (Drauzio)Nada como começar agosto com um encontro perfeito desses, não?
A dupla dinâmica participa de uma edição do programa de debates e lançamentos literários “Sempre um Papo”, que acontece no dia 4 de agosto, terça, às 18h, pelo Facebook e pelo Youtube.
Já passaram pelo programa os escritores Ondjaki, Walter Hugo Mãe, Eric Nepomuceno, Marcelino Freire e Miltom Hatoum, a atriz Bruna Lombardi, o ator Antonio Fagundes, a antropóloga Lilia Schwarcz , o jornalista Juca Kfouri, entre outros.
Djamila Ribeiro
Djamila é Mestra em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo e autora de vários livros best-sellers, como “Lugar de Fala”, “Quem tem medo do Feminismo Negro?” e “Pequeno Manual Antirracista”. Ela também coordena o Selo Sueli Carneiro e a Coleção Feminismos Plurais que, em dois anos, publicou nove livros de oito autoras e autores negros. Por toda sua atuação, é considerada pela BBC uma das 100 mulheres mais influentes do mundo.
Recentemente, a escritora e sua filha receberam ameaças pelas redes sociais. Começou a circular no Twitter uma notícia falsa de que Djamila seria contra greve dos motoboys e da classe trabalhadora, além de ser “inimiga das empregadas domésticas”. Foi quando elas começaram a receber mensagens agressivas.
Para a filósofa, o Twitter precisa se posicionar e melhorar suas políticas em relação à propagação de fake news. Por isso, ela entrou com uma representação no Ministério Público contra a empresa. Djamila defende que as redes sociais precisam ser responsabilizadas, porque ganham dinheiro com a viralização das mentiras.
Drauzio Varella
Drauzio é médico cancerologista formado pela USP. Entre os seus muitos feitos, destaca-se seu pioneirismo no tratamento da Aids, especialmente do sarcoma de Kaposi, no Brasil. Em 1989, iniciou um trabalho de pesquisa sobre a prevalência do vírus HIV na população carcerária da Casa de Detenção do Carandiru e trabalhou lá como médico voluntário. Atualmente, faz o mesmo trabalho na Penitenciária Feminina de São Paulo.
Na Amazônia, região do baixo rio Negro, Varella dirige um projeto de bioprospecção de plantas brasileiras com o intuito de obter extratos para testá-los experimentalmente em células tumorais malignas e bactérias resistentes aos antibióticos.
Por Catraca Livre