Morreu, aos 91 anos, o compositor italiano Ennio Morricone. Um dos mais celebrado músicos do mundo, ficou célebre por suas trilhas sonoras para o cinema, entre elas as de clássicos como os de Três Homens em Conflito e Era Uma Vez no Oeste, de Sergio Leone. A notícia seria da agência italiana ANSA, segundo a qual Morricone teria fraturado o fêmur e estaria internado na clínica romana Campus Biomedico há alguns dias.
A morte de Morricone é um grande luto no cinema e na música: nascido em Roma em 10 de novembro de 1928, o músico, compositor e maestro foi um dos maiores autores de trilhas sonoras de filmes, assinando músicas para mais de 500 longas, desde os clássicos de faroeste de Sergio Leone. Por um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares Mais, O Bom, o Mau e o Feio.
Morricone, no entanto, colaborou com diversos gêneros ao longo de sua carreira, somando diversas indicações ao Oscar até receber o primeiro em, 2007, “por suas magníficas contribuições à arte da música cinematográfica”. A concedoração da Academia veio após o maestro ter sido indicado cinco vezes entre 1979 e 2001 – pela música dos filmes Cinzas no Paraíso (1978), de Terrence Malick; A Missão (1987), de Roland Joffé; Os Intocáveis (1988) de Brian de Palma; Bugsy (1992) de Barry Levinson; e Malèna (2001) de Giuseppe Tornatore – sem nunca ter recebido o prêmio. Em 2015 ganharia a segunda estatueta por Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino.
Em nota, a família de Morricone declarou: “[o Maestro] preservou a lucidez e grande dignidade até o fim. Ele cumprimentou sua amada esposa Maria, que o acompanhou com dedicação em todos os momentos de sua vida humana e profissional e ficou perto dele até o último suspiro, agradeceu aos filhos e netos pelo amor e carinho que eles lhe deram. Ele dedicou uma memória comovente ao seu público, de cujo apoio afetuoso ele sempre extraiu a força de sua criatividade”.
Por GQ
