O Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) segue fechado durante o período de quarentena na capital paulista, mas trabalha a todo vapor com atividades digitais.
No mês de junho, a instituição promove cinco cursos de diversos temas, como a arte no Brasil, a história de mulheres artistas e a relação entre violência sexual e literatura. São dez horas de conteúdo para cada assunto, divididos em cinco aulas, sempre nos mesmos horários e dias da semana.
O custo de matrícula é de R$ 240 por curso e as inscrições estão disponíveis no site do museu – vagas são limitadas. Assinantes do programa de benefícios Amigo Masp tem 15% de desconto.
As aulas são transmitidas ao vivo pela plataforma Elos. Quem se inscrever e não puder participar nos horários marcados terá acesso às gravações por período limitado. O Masp Escola irá emitir certificados digitais aos matriculados que comparecerem em ao menos três aulas.
Serviço: Cursos do Masp Escola
Inscrições: masp.org.br/masp-escola
Uma história da arte no Brasil – de Tarsila a Bárbara
Com Luiza Interlenghi
Às segundas: 15/6, 22/6, 29/6, 6/7 e 13/7 – das 19h às 21h
• Apresentará uma introdução à história da arte brasileira com base em obras da coleção do MASP. Serão abordados temas como modernismo, concretismo, neoconcretismo, os impactos da abstração na arte brasileira e as relações entre arte e sociedade nos anos 1990 e 2000. As aulas pretendem esclarecer de que modo a arte brasileira contribui para a formação própria de uma visão de cultura.
Mulheres artistas nos séculos 16 e 17
Com Juliana Ferrari Guide
Às terças: 16/6, 23/6, 30/6, 7/7 e 14/7 – das 15h às 17h
• Propõe o estudo de seis artistas italianas dos séculos 16 e 17: Properzia de Rossi, Plautilla Nelli, Sofonisba Anguissola, Lavinia Fontana, Artemisia Gentileschi e Giovanna Garzoni. Além de apresentar vida e obras de cada uma delas, as aulas pretendem dar conta também de diferentes vivências possíveis da mulher artista no início da Idade Moderna, bem como entrever nuances da vida em Roma, Veneza, Madrid e outras cidades no período em questão.
Introdução à arquitetura moderna brasileira
Com Denis Joelsons
Às quartas: 17/6, 24/6, 1º/7, 8/7 e 15/7 – das 19h às 21h
• Contará uma breve história da arquitetura moderna no Brasil. Pretende-se abordar as diferenças entre as experiências pioneiras de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, a consolidação internacional sustentada na figura de Oscar Niemeyer e a pluralidade da arquitetura praticada pelos imigrantes em São Paulo, voltada à arquiteta do MASP, Lina Bo Bardi. Uma aula será dedicada à Brasília e a subsequente, de encerramento, abordará as tensões no cenário nacional por meio de figuras chave da chamada “escola paulista”: Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha.
Hélio Oiticica a Trisha Brown: um percurso sobre corpo, território e liberdade
Com Priscyla Gomes
Às quintas: 18/6, 25/6, 2/7, 9/7 e 16/7 – das 19h às 21h
• Pretende abordar a relação entre corpo e espaço partindo de ações, práticas e atores que marcam a cena artística dos séculos 20 e 21. O recorte evidencia produções que elegeram o corpo como centro da prática artística. Por intermédio de ações performáticas e de experimentações de diferentes linguagens, artistas lançam-se fora dos limites do museu elegendo a cidade como um espaço de reconhecimento e exploração. Nas aulas, serão analisadas produções de Trisha Brown, Marina Abramovic, Robert Smithson, Richard Long, Hélio Oiticica, Flávio de Carvalho, Francis Alÿs, Nan Goldin, Bárbara Wagner e Benjamin de Burca.
Violência sexual e literatura
Com Amara Moira
Às sextas: 19/6, 26/6, 3/7, 10/7 e 17/7 – das 19h às 21h
• Questões como classe, raça e gênero serão analisadas com base em debates feministas e antirracistas sobre sexo e sexualidade. Por meio da discussão de passagens literárias e teóricas emblemáticas, o curso pretende trabalhar a sensibilidade ante narrativas de sexo e estupro, assim
como pensar como seriam as representações de erotismo capazes de confrontar a misoginia e racismo. Tendo em vista os números alarmantes de violência sexual no Brasil, como se comporta a nossa literatura ao retratar o sexo?
Por Metro Jornal