Com apenas 25% da população possuindo carros, o sucesso da medida, em Zurique, se dá pela oferta extensiva de outros métodos de deslocamento. Com alto investimento no transporte público, a cidade está em constante amplificação de linhas adicionais, sendo que já é possível encontrar um ponto de ônibus ou trams (espécie de trem urbano) a cada 300 metros. O governo suíço investe, também, na sustentabilidade do setor ao planejar substituir 100% das frotas de ônibus por veículos elétricos até 2025.
Dentro do contexto de cidades brasileiras, é possível aprender de metrópoles como Zurique que parte essencial do planejamento da mobilidade urbana está no arranjo institucional, com base em políticas públicas que ampliem a regulamentação do transporte individual. Para que exista a diminuição no tráfego e poluição do ar em grandes centros urbanos, não basta apenas aumentar a quilometragem de ciclofaixas, modernizar ônibus ou taxar carros com pedágios: é necessário que essas políticas dialoguem entre si, criando uma infraestrutura de mobilidade em que o passageiro seja priorizado.
Por Estadão