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Drauzio Varella: ‘essa epidemia vai passar. Se cada um fizer a sua parte, vai passar mais depressa’

O Dr. Drauzio Varella falou ao Fantástico sobre a pandemia do coronavírus, que chegou ao Brasil e exige cuidados específicos. Veja o vídeo na íntegra. Abaixo, o texto completo com as ponderações do Dr. Drauzio.

“O Coronavírus chegou no Brasil. E agora? Tudo, a gente não sabe. É a primeira vez. Mas a gente sabe que é um vírus que se dissemina depressa. Provoca uma doença grave? Na grande maioria das vezes, não. Provoca um quadro benigno, muito semelhante ao dos resfriados. Mas existe uma pequena porcentagem que vai ter complicações pulmonares. Quem são elas? São os mais velhos, os que têm mais de 70, 80 anos. Os que têm doenças crônicas: pressão alta descontrolada, diabetes descompensada, insuficiência cardíaca, renal, doenças que comprometem o funcionamento do sistema imunológico, e os fumantes, porque o cigarro desgraça os pulmões.

Nós temos agora dois tipos de atitude. A daqueles que dizem “ah, isso aí não é nada, é um resfriado que só mata velho”. Tá errado pensar assim. Porque você adquire o vírus, você vai levar pra sua família dentro de casa, você vai levar pra comunidade em que você vive. E há os outros que acham que “não, tenho que correr pro supermercado, estocar comida, me trancar no meu quarto”. Também é exagerado. Como é que a gente sabe o que deve fazer? Vamos seguir a orientação do Ministério da Saúde, que até aqui tem se comportado muito bem.

Quem tiver uma doença assim, leve, parecida com um resfriado, a pior coisa que pode fazer é correr pro pronto-socorro. Por quê? Porque se você estiver infectado pelo vírus, você vai levar o vírus pra sala de espera, e ali você vai infectar as pessoas de idade que têm outros problemas de saúde. Vai infectar médicos, enfermeiras, atendentes de enfermagem, que são pessoas fundamentais no atendimento.

Mas aí você diz “não, mas se eu tiver um resfriado eu quero saber se eu tô com o vírus”. Vai fazer diferença? Não existe remédio específico pra isso. Se você estiver resfriado, faz como a sua vó ensinava: repouso e canja de galinha.

Como é que eu sei qual é o momento de correr pro hospital? Falta de ar. Se o seu fôlego ficar curto, se quando você anda você fica ofegante, aí você tem que ser avaliado por um médico e eventualmente até internado. O número de pessoas que chegam não pode ser muito grande, porque o sistema de saúde não dá conta – sistema de saúde nenhum no mundo dá conta. Por isso é que nós temos que retardar a disseminação da epidemia. Cada um tem que estar consciente do seu papel. Qual é o meu risco individual? É pequeno. Mas eu tenho que pensar nas pessoas frágeis da minha família e da comunidade em que eu vivo.

Essa epidemia vai passar. Se cada um fizer a sua parte, vai passar mais depressa. Egoísmo nesta hora, não vai dar certo.”

Por Fantástico

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